Marimex: Zarattini alerta para demissão em massa no Porto de Santos

Na ação movida por Zarattini, ele argumenta que “a não renovação do contrato, após 20 anos de vigência, importará na extinção de seis mil empregos e perda de arrecadação”. O deputado explica que somente no ano de 2019 a empresa recolheu cerca de R$ 2,5 bilhões em impostos federais.

20 maio 2020, 15:00 Tempo de leitura: 2 minutos, 6 segundos
Marimex: Zarattini alerta para demissão em massa no Porto de Santos

Marimex: Zarattini alerta para demissão em massa no Porto de Santos

O líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), destacou nesta quarta-feira (20), a decisão do Ministério Público do Trabalho em Santos de abrir inquérito para apurar a demissão em massa que pode ocorrer caso o governo de Jair Bolsonaro não renove o contrato com a empresa Marimex que opera no Porto de Santos. A intenção do governo é de não renovar o contrato para construir no local, um ramal ferroviário.

Para Zarattini, a medida adotada pelo MPT se sustenta na representação por ele protocolada junto a essa instituição e à Procuradoria-Geral da República (PGR) no final do mês de abril. Na representação, o parlamentar solicita providências no sentido de garantir o cumprimento do contrato, que reza a prorrogação por mais 20 anos.

“Essa ação do MPT é motivada por representações feitas pelo nosso mandato à PGR e ao MPT. Estamos lutando para impedir mais essa ação desse desgoverno que pode causar prejuízos econômicos e desemprego em massa”, argumentou Zarattini.

Na ação movida por Zarattini, ele argumenta que “a não renovação do contrato, após 20 anos de vigência, importará na extinção de seis mil empregos e perda de arrecadação”. O deputado explica que somente no ano de 2019 a empresa recolheu cerca de R$ 2,5 bilhões em impostos federais.

Explicações

O MPT quer explicações da empresa Santos Port Authority (SPA), administradora do Porto de Santos, sobre o risco de demissão em massa. Tanto a SPA, quanto o Ministério da Infraestrutura negam essa possibilidade.

A empresa e o governo informaram que a Marimex já foi oficiada para firmar um contrato de transição, válido por até 180 dias, podendo ser assinados outros instrumentos até o início das obras do ramal ferroviário e a destinação de parte da área à movimentação de granéis sólidos.

Para Zarattini, o governo não respeita esse momento de crise sanitária e quer impor medidas que atropelam o trabalhador e privilegia apenas um setor da economia brasileira. “O governo Bolsonaro aproveita a pandemia pra atender os interesses do agronegócio e provocar centenas de demissões. Querem transformar o Porto de Santos em um porto de grãos. Dane-se a indústria e os empregos”, criticou o petista.

Matéria publicada originalmente no site: PT na Câmara e replicada por este canal.